Psicologia
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No filme “Anjo Azul”, um professor respeitado e de uma cidade da Alemanha em 1924, se apaixona perdidamente por uma cantora de cabaré, chamada de Lola, desde então, sua sorte à da mulher. Cinco anos mais tarde, cinco anos nos quais foi se degradando aos poucos, como um perfeito submisso, sendo humilhado pela própria mulher, a ponto de subir ao palco como palhaço, enquanto ela, entre as bambolinas se beija apaixonadamente com um jovem que acaba de conhecer. Humilhado em público, tenta agredir a ambos, mas impotente e deprimido, termina suicidando-se. “A cegueira amorosa é o estigma inegável e definitivo do elemento narcísico.”
A paixão amorosa aparece como o abandono da personalidade própria em proveito do investimento do objeto. O ego que deveria manter sempre em si, um certo nível mínimo de energia libidinal, se enfraquece. O professor fez sua escolha objetal por apoio. Já Lola, uma narcisista, buscava apenas o ganho narcísico.
O professor abandona sua personalidade própria em proveito do desejo de objeto, isto é, a mulher que despertou uma grande paixão. Com Lola, seu narcisismo fez com que suas emoções sexuais fossem inteiramente perdidas na administração de si mesma. No filme, a vemos como uma sádica, pois humilha o tempo todo o professor.
No estado amoroso do professor, ele desprendeu seu próprio narcisismo, que foi capturado por Lola que representava a mulher auto-suficiente.
O professor se degrada devido a perda de sua posição, levado a uma cegueira, devido a sua paixão. Com o ego fragilizado, o conflito com sua sexualidade, anulou-se o ego e sua sexualidade manteve-se na fantasia, negando a vida, pois a sexualidade exclui a vida desse campo. O ego assume a ordem vital, a essência, sua homeostase "eu vivo pelo amor de mim, pelo amor do ego". Como ele não tinha mais condições de manter esse equilíbrio, ele tenta voltar a ser o que era, mas não consegue e