A obra O Banquete escrita por Platão, se encaixa como um diálogo sobre o tema do amor. Assim como em todos os diálogos platônicos, O Banquete é escrito no formato de uma peça teatral, em que se apresentam em seu cenário personagens importantes como: Fedro, Pausâneas, Erixímaco, Aristófanes, Agatão, Sócrates e Alcibíades. Aqui pretendo em poucas palavras trazer em cena o discurso de Sócrates. É importante considerar que cada um dos personagens fizeram um discurso em homenagem ao deus Eros (representando como o deus do amor). Outra questão é que Sócrates estabelece diversas críticas em relação aos discursos anteriores dele como Fedro, Pausâneas, Erixímaco, Aristófanes e Agatão, menos Alcibíades que foi o último a discursar e fez o seu elogio a Sócrates e não ao deus Erso. Em seu discurso Sócrates afirma que Eros é um daimon (demônio), o intermediário entre o belo e o feio, entre o justo e o injusto, etc. O termo demônio neste caso vem como positivo e não negativo no sentido da concepção cristã. Então, o homem deve se elevar da beleza das coisas, como os belos corpos, a partir de uma ascese, até conseguir atingir o Belo supremo, que seria a beleza verdadeira. Então Eros seria esse intermediário ligando os homens aos deuses. Outro dado interessante é quando Sócrates afirma que Eros é filho de Poros (o excelente) e de Pobreza. Sendo filho de Poros ele adquiriu do pai todas as habilidades positivas, a sabedoria por exemplo. Sendo filho de pobreza vive a mendigar em qualquer lugar, não possuindo as habilidades da sabedoria. E Sócrates finaliza, e isso é o mais importante de seu discurso, Eros é o desejo do belo, é parir no belo, então Eros é amante do belo. Noutras palavras, Eros é filósofo, sendo filósofo é amante do