Psicologia e equoterapia
Texto de Rodrigo Maciel Ramos
A Equoterapia possui o caráter essencialmente lúdico, o praticante, principalmente se for uma criança, tende a enxergar a equoterapia como uma brincadeira e não como uma terapia. O adulto, apesar de ter maior consciência de que freqüenta um ambiente terapêutico, temabém se envolve com a ludicidade natural do cavalo. Cabendo ao psicólogo explorar essa característica natural que o cavalo proporciona para utilizar o brincar como forma de facilitar a passagem do praticante pelos diversos estágios do processo equoterápico. Pois, como afirma Winnicott (1975), o brincar é um organizador psíquico.
Estágio 1: a aproximação
A fase da aproximação é de fundamental importância para o sucesso da terapia.
A aproximação ao cavalo, deve ocorrer de forma natural e espontânea, agindo o terapeuta como um mediador, ensinando a pessoa a lidar com o cavalo, e vincular-se afetivamente a ele.
Antes de se tentar a montaria, deve-se dedicar um tempo, a deixar o praticante tocar o cavalo, acariciá-lo, mostrar a sua baia, oferecer capim, cenoura, rapadura ou maça a ele. De forma, a que o praticante possa estabelecer uma relação de confiança com o cavalo, até que manifeste o desejo de montá-lo.
Para Piaget (1990), a criança começa o aprendizado pela imitação, devendo o terapeuta mostrar como cuidar do cavalo e oferecer confiança e afeto aos dois, praticante e cavalo, agindo como modelo , já que a partir da repetição de rituais lúdicos surgirão os esquemas simbólicos,onde o praticante passará a generalizar o cuidado ao cavalo a outras relações.
Normalmente, o cavalo já é um forte atrativo para o ser humano, desde tenra idade, mas em alguns casos, pode haver uma dificuldade em se estabelecer um vínculo positivo entre praticante e cavalo, sugerindo-se que houve alguma perturbação no processo de desenvolvimento da pessoa, causando dificuldade em formar vínculos ou uma fobia (Bion,2004).
Nesses casos, deve-se agir de