Psicologia positiva e terapia cognitivo comportamental no tratamento da depressão
(Glória Saliveros, co-autores: Prof. Dra. Mônica Portella, Prof. Ms. Hebe Goldfeld, Prof. Esp. Conrado Padula, Centro de Psicologia Aplicada e Formação, Rio de Janeiro, RJ)
De acordo com pesquisas, atualmente, mais de 450 milhões de pessoas são afetadas por doenças mentais. A Organização Mundial de Saúde divulgou durante a primeira Cúpula de Saúde Mental, realizada em Atenas, Grécia que, nos próximos 20 anos, a depressão vai se tornar a doença mais comum do mundo. De acordo com o médico do departamento mental do órgão, Sekhar Saxena, os números mostram que o peso da depressão (em termos de perdas para as pessoas afetadas) será maior que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas. Ela será sozinha a maior causa de perdas para a população. Sendo diagnosticada hoje, em todas as partes do mundo, podendo ser considerada uma epidemia silenciosa. Dessa maneira, a compreensão da patologia e a prática de novos estudos da Psicologia Positiva, que buscam enriquecer as formas de intervenção, tornam-se indispensáveis para o tratamento da depressão. Objetivo deste trabalho é expor uma parte da contribuição da Psicologia Positiva em acordo com a Abordagem Cognitivo-Comportamental através de um caso de depressão (em andamento) numa instituição onde presto serviço voluntário, sob a supervisão do Centro de Psicologia Aplicada, o CPAF-RJ. Maria, 31 anos, advogada, hoje do lar com depressão desde os 30 anos, procurou ajuda queixando-se de sintomas típicos da depressão como tristeza, falta de animo, episódios de choro, baixa auto-estima, desesperança, irritabilidade e demais sintomas que foram notados. Durante os meses de Maio, Junho e Julho, foram realizadas onze sessões, de uma hora semanal de psicoterapia individual, onde foram utilizadas técnicas da Abordagem Cognitiva Comportamental (psicoeducação, reestruturação cognitiva, lista de problemas,