Psicologia Hospitalar
Psicologia Hospitalar é um ramo da Psicologia da Saúde ainda inexistente em vários países mas cada vez mais difundida no Brasil estando incluída no currículo das principais Universidades. 1
Em alguns países o termo Psicologia Hospitalar é considerado inadequado porque pertence à lógica que toma como referência o local para determinar as áreas de atuação, e não prioritariamente às atividades desenvolvidas. Por isso esse termo é pouco citado e pouco usado em publicações científicas de outros países. 2 .
Segundo a definição de Kern e Bornholdt (2004) e também de Chiattone (2000)1 , a atuação do psicólogo da saúde é principalmente na área hospitalar, mas também pode ser feita em campanhas de "promoção da saúde", educação em saúde mental, em pesquisas e aulas nas universidades por exemplo. Logo, todo psicólogo hospitalar é psicólogo da saúde mas nem todo psicólogo da saúde é hospitalar.
Histórico
Desde a década de 40 as políticas de saúde no Brasil são centradas no hospital seguem um modelo que prioriza as ações de saúde via atenção secundária (modelo clínico/assistencialista), e deixa em segundo plano as ações ligadas à saúde coletiva (modelo sanitarista). Nessa época, o hospital passa a ser o símbolo máximo de atendimento em saúde, ideia que, de alguma maneira, persiste até hoje. Muito provavelmente, essa é a razão pela qual, no Brasil, o trabalho da Psicologia no campo da saúde é denominado Psicologia Hospitalar, e, não, Psicologia da Saúde 3 .
Não é possível falar em Psicologia Hospitalar no Brasil, sem falar de Mathilde Neder. Ela foi pioneira na Psicologia Hospitalar no Brasil, atuando no instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas (então COT) em colaboração com o Dr Eurico de Toledo Freitas com a equipe de enfermagem e na assistência pré e pós cirúrgica.
A Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar foi fundada em 1997 por 45 psicólogos com sede em Belo Horizonte com o objetivo de reunir, difundir as pesquisas na