Psicologia hospitalar

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O impacto da doença para a família e para o membro hospitalizado

O processo de adoecer na maioria dos casos traz uma configuração da falta de sentido para o próprio significado existencial do individuo. É como se tudo o que havia concebido na vida antes da hospitalização desmoronasse e perdesse a configuração com o real pela possibilidade do adoecer, do internamento e das suas implicações de sua ocorrência. (FERREIRA, 1992). A luta contra uma vida melhor é grande e apesar das limitações que a própria doença impõe o paciente tanta levar uma vida decente. Mas no contexto hospitalar a perspectiva de vida é ainda mais baixa. Por estar no âmbito hospitalar o medo e a angústia toma conta do paciente, muitas vezes atrapalhando o tratamento, ainda assim abalando a estrutura emocional e psicológica. Segundo Schneider:

Observa-se que doença gera uma série de limitações, restrições e incapacidade ao paciente, exigindo muitas vezes cuidados sistemáticos; porém toda a equipe de saúde e até mesmo os familiares deste enfermo, mesmo em regressão, dependente e passivo pudesse de certo modo viver uma vida normal, considerando as restrições sociais ou psíquicas que houvessem ( Schneider,1976, p.156)

A hospitalização é um processo bastante complicado para que a família consiga elaborar, na maioria das vezes quando são informados de um internamento de um dos membros os familiares se deparam com um choque inicial e sentimentos de negação. Existe uma recusa à incapacidade de aceitar sua condição. Em um segundo momento é mobilizado raiva, fúria e inveja, havendo questionamentos sobre o porquê daquela situação, chegando a invejar a saúde dos outros. Existe uma tentativa de barganhar ou adiar o inevitável. Os familiares assim como o paciente buscam negociar com Deus, procurando fazer promessas, relacionada à saúde do enfermo. E por fim há uma possível aceitação em relação a condição do ente

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