Psicologia Hospitalar
RESENHA
Manual de psicologia hospitalar
Fausto Eduardo Menon Pinto
Psicólogo e Mestre em Educação pela FE/Unicamp
Há séculos, o ser humano tem desejado conhecer os mistérios que envolvem o enigma saúde-doença. Desse modo, nos últimos anos, os saberes biológico e
psicológico vêm contribuindo sensivelmente, para o
reconhecimento das mais variadas patologias clínicas, e os seus efeitos correspondentes no indivíduo adoentado, o qual se pode observar na literatura específica que discute as neoplasias (câncer). É dentro desse raciocínio que se pode mencionar o pensamento filosófico de Hipócrates considerado para alguns como o pai da Medicina Antiga - que dizia que para curar o corpo é preciso ter um conhecimento do todo, ou melhor, segundo ele, alma (psique) e corpo (soma) estariam dialogando entre si.
A partir desse comentário inicial, o livro Manual de psicologia hospitalar, cuja autoria é do Doutor Alfredo Simonetti, Médico Psiquiatra e
Psicólogo, procura entender que toda doença abarca, ao mesmo tempo, um elemento orgânico e psicológico. Essa obra conta, fundamentalmente, com duas partes predefinidas, sendo que a primeira delas descreve o diagnóstico e a segunda infere sobre a terapêutica, incluindo também um apêndice com os principais remédios que são mais utilizados na área hospitalar. Alfredo Simonetti, logo na introdução de seu livro, conceitua a
Psicologia Hospitalar como o campo de entendimento e tratamento de
Fausto Eduardo Menon Pinto
aspectos psicológicos atrelados ao adoecimento. Ele define um aspecto psicológico como as manifestações subjetivas da doença, que são as crenças, os sonhos, os conflitos, as lembranças e os pensamentos. Ou seja, parafraseando o próprio autor, a doença não fala, o doente sim.
Destaca-se que nessa definição parece existir uma intenção, apesar de não declarada explicitamente, em se unificar esses aspectos psicológicos e não
fragmentá-los,