Psicologia Emergência e Desastre
Aline Cristina de Carvalho
Ilma Borges (Orientadora)
Resumo A discussão sobre o tema trata da relação entre o exercício profissional da psicologia frente ao novo campo de trabalho denominado Psicologia das Emergências e dos Desastres. Busca resgatar a trajetória histórica deste campo e apontar as novas perspectivas de atuação do psicólogo em relação às políticas públicas, contribuindo para produção de conhecimento que subsidie uma atuação consistente e garanta a área como campo de trabalho.
Perspectiva Histórica Os primeiros estudos psicológicos sobre os desastres iniciaram no ano de 1909 quando o médico psiquiatra e pesquisador Edward Stierlin desenvolveu os primeiros ensaios para o entendimento de questões relacionadas às emoções das pessoas envolvidas em desastres. Em 1917, no Canadá, ocorreu o desastre de Halifax, causado pelo choque acidental entre um navio Francês cheio de explosivos, e um navio Belga, ocasionando um tsunami que destruiu parte da capital da província da Nova Escócia. Foram estudadas as variáveis psicológicas envolvidas através de uma pesquisa científica realizada por Samuel Price.
Em 1944, Lindemann realizou o primeiro estudo sobre a intervenção psicológica no pós-desastre através da avaliação sistemática das respostas psicológicas dos sobreviventes e de seus familiares no incêndio do Clube Noturno Coconut Grove, em Boston, EUA. Nos anos 60 e 70 a Psicologia direcionou-se para análise das reações individuais no pós-desastre. Em 1970, a Associação de Psiquiatria Americana publicou um manual de “Primeiros auxílios Psicológicos em casos de Catástrofes”. Este manual descreve diversos tipos de reações clássicas aos desastres e os princípios básicos para identificação das pessoas “perturbadas emocionalmente” (ALAMO, 2007).
Em 1974, através do Instituto de Saúde Mental do