Psicologia em pediatria
A internação é uma experiência que envolve um grande esforço de adequação e adaptação por parte da criança às alterações que acontecem no seu dia-a-dia, gerando altos níveis de estresse.
Este processo dentro do ambiente hospitalar bloqueia e impede as rotinas diárias de uma criança e a limita num ambiente que é percebido como estranho, com sons e rotinas que geram medos e fantasias.
O fato de a criança adoecer por si só faz com que ocorram alterações em sua vida, de maneira geral e na maioria das vezes causa um desequilíbrio em seu organismo. Como consequência deste arranjo de contingências pode ocorrer bloqueios no processo de desenvolvimento saudável da criança, especialmente se a doença ou a internação for longa ou uma constante em sua vida.
Pensando em amenizar as dificuldades que são trazidas à tona pela própria situação foram inseridas algumas mudanças na legislação e que permitiram a possibilidade de alojamento da mãe no conjunto pediátrico, com a finalidade de reduzir o estresse emocional, tanto da criança como da família.
Segundo a resolução CONANDA nº 41 de 17 de outubro de 1995, sobre os direitos da criança e do adolescente hospitalizados, itens quatro e nove:
“4; Direito a ser acompanhada por sua mãe, pai ou responsável, durante todo o período da sua hospitalização, bem como receber visitas;
“9; Direito a que seus pais ou responsáveis participem ativamente do seu diagnóstico, tratamento e prognóstico, recebendo informações sobre os procedimentos a que será submetida.”
Estas resoluções tiveram como base pesquisas realizadas dentro dos hospitais e que por sua vez comprovaram que a presença da mãe (ou de alguém que exerça este papel) facilita os procedimentos, diminuindo o tempo de internação, consequentemente favorecendo a rotatividade e disponibilidade de leitos infantis.
No momento de hospitalização e doença em que a criança se encontra não ter a presença da mãe (ou de alguém que exerça este papel) pode trazer