Psicologia da Gestalt e Gestalt terapia
A partir de uma revisão da Psicanálise clássica, deu-se início a Gestalt-terapia. Absorvendo conhecimentos de origens diversas, tornou-se um sistema amplo com uma metodologia clínica unificada. Tanto a Psicologia da Gestalt como a Gestalt-terapia baseiam-se em uma teoria de campo fenomenológica, o que significa confiar na experiência crua imediata, considerando todos os dados da mesma, e buscar um insight das inter-relações funcionais. A Gestal-terapia diferencia-se da Psicologia da Gestalt devido aos contextos distintos, ou seja, uma figura em ambiente clínico aparece de forma espontânea, enquanto em um ambiente de pesquisa de um gestaltista, a figura é determinada a priori como o que será estudado. Segundo a abordagem de campo, o que se estuda no mesmo é o fenômeno na forma como ele se dá. Busca-se compreender o que e como ocorre, ao invés do porquê. Ainda no campo, nenhum fenômeno é considerado fruto do acaso. Cabe ao terapeuta, além de observar, confiar e facilitar o progresso da experiência do paciente, também enfocar naquilo que o paciente deixa de lado, ou seja, negligencia, trazendo-os à awareness. Para que o paciente viva o que é dado no fenômeno, é preciso abandonar os preconceitos, tanto os metafísicos como os valores pessoais. O fato de a tomada de consciência acontecer no aqui-e-agora significa que o recordar e o sentir podem voltar-se para algo do passado, porém ocorrem no tempo presente da sessão terapêutica.
Segundo a teoria de campo fenomenológica, é a experiência do terapeuta que define qual campo será estudado. Além disso, tem-se a ideia em Gestalt que a experiência é estruturada, o que relaciona-se com a noção geral de campo que considera o universo ordenado e determinado. Segundo Yontef (1998), o todo é mais do que a soma das partes, este possui qualidade únicas, sendo um campo que determina suas partes. O campo é constituído por forças múltiplas