Psicologia Comunitária DST
Setembro de 2014
Brasília, DF O artigo “Adolescentes em Situação de Rua: prostituição, drogas e HIV/AIDS em Santo André, Brasil”, de Eliane Lima Guerra Nunes e Arthur Guerra de Andrade, produzido na faculdade de Medicina do ABC em Santo André, Brasil, investiga a situação vulnerável de adolescentes em situação de rua, revelando sua vulnerabilidade em relação à violência, drogas, exploração sexual e, principalmente, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). O estudo constatou que a maioria dos adolescentes existentes no mundo (cerca de um quarto da população mundial) moram em países ainda em desenvolvimento. Muitos destes vivem em situação de rua e não estão inseridos no sistema educacional, ficando ainda mais expostos a riscos. Em 2005, observou-se que a quantidade de adolescentes de 13 a 19 anos portadores de HIV era maior no gênero feminino (proporção de 1:1,77). Um importante fator determinante é o nível socioeconômico dos indivíduos; quanto mais baixo, mais vulneráveis ficam, devido à falta de acesso à informação a respeito das doenças e seus riscos, adotando e mantendo, portanto, comportamentos sexuais imprudentes. Sendo assim, pode-se dizer que os adolescentes moradores de rua estão mais propensos a contrair o HIV devido a fatores como o uso constante de drogas (lícitas e ilícitas), a prática do sexo desprotegido (muitas vezes devido a dificuldades na obtenção de preservativos), a violência que sofrem (física e emocional) e a falta de informação acerca do tema. Isto posto, o estudo indica uma urgência em se estudar novas formas de prevenção e intervenção; uma proposta é a oferta de serviços básicos e que promovam a recreação e desenvolvimento de habilidades artísticas e sensíveis como “alimentação, educação, esporte, atividades artísticas, assistência à saúde e abrigo”. Acredita-se que mantendo os adolescentes fora do