Psicologia Breve Infantil
Gabriela Bernardes
Contato inicial pelo telefone: figura da “mãe adotiva”
Criança:
10 anos
Queixa inicial: não sabia ler, não apresentava concentração, envolvimento e persistência na elaboração de tarefas.
Psicodiagnóstico durante o 2º semestre de 2008
Histórico da criança
Nascido em São Paulo de uma gravidez não planejada;
Nasceu com os pés tortos, usou botas de gesso até os 3 anos e foi operado;
Desde os quatro meses de idade E. passa os dias com uma moça, quem veio a escolher como madrinha e a chamar como mãe mais tarde;
A mãe traz pobreza nos conteúdos do histórico da criança, tudo sempre foi normal e aconteceu dentro do esperado; Em idade pré escolar foi indicado frequentar um fonoaudiólogo pois sua fala não era correta. Nunca apresentou problemas, porém ao entrar em idade escolar tem apresentado problemas de aprendizagem.
Fase diagnóstica com a criança - 1º semestre
5 sessões diagnósticas previstas e 4 entrevistas diagnósticas realizadas.
Demonstrou estar vivendo uma confusão de papéis, estar em busca de sua identidade, sua história, porém vive uma divisão de papéis parentais ( dois pais e duas mães) que o deixa em grande conflito.
Relação com a mãe biológica parece fria e distante, em seus relatos a caracteriza como alguém fraca, doente e chorona
Sua forma de imitar os adultos em suas palavras e no modo de agir, pode ser uma tentativa de “obter uma identidade”, mesmo que frágil.
Brincadeiras repetitivas e pobres, podendo hipotetizar que a criança age desta forma para se defender e não mostrar seus conteúdos, porém deixa pistas de suas angústias. Por outro lado, ao repetir sempre a mesma brincadeira (de escola) aponta também para uma angustia ligada às suas dificuldades escolares.
1o Semestre
Foco
Centrado na angústia e conflitos da criança que tem dificultado o estabelecimento de sua identidade inclusive sexual.
Objetivo auxiliá-lo