PSICOLOGIA 8
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4- CASO DE VIOLENCIA Agredida por pai de alunos em 2010, diretora sofre com convulsões
Cartola - Agência de Conteúdo
Especial para Terra
Há três anos a professora Maria Ladjane de Araújo, 53 anos, toma diariamente uma medicação para minimizar as convulsões que sofre em decorrência da violência vivida em outubro de 2010. A gestora da Escola Modelo Infantil Santa Joana, em Caruaru (PE), atravessava a rua quando um homem avançou em sua direção e lhe empurrou. Ela caiu de cabeça no meio-fio, sofreu traumatismo craniano e teve um edema frontal. O agressor é pai de dois alunos que estudavam na instituição.
Na época, a imprensa local noticiou que o homem estaria contrariado por ter sido chamado na escola para conversar sobre o comportamento da filha. Irritado, ele teria discutido com Maria, o que não é confirmado pela professora. "Não houve conversa, ele simplesmente chegou e me agrediu", relata.
Maria foi levada a um hospital no Recife e passou oito dias internada. Perdeu olfato, paladar e teve a audição prejudicada - hoje escuta apenas com o ouvido esquerdo. Com a fala arrastada, a docente conta que, desde o episódio, evita sair na rua e, quando sai, só anda acompanhada. "Meu dia acaba mais cedo. Depois das 20h, quando tomo meu remédio, fico dopada e não consigo fazer mais nada", acrescenta.
Na instituição, a educadora segue no mesmo cargo de três anos atrás, mas confessa que já não consegue cumprir suas funções como antes. "Eu sigo assinando papéis, tomando algumas decisões, mas já não tomo a frente das atividades, conto muito com minha equipe", lamenta. Após a agressão, levou dois meses para voltar ao trabalho.
O agressor aguarda sentença na justiça e cumpre uma medida que o impede de chegar a menos de 500 metros da professora. Em depoimento dado na época, o homem afirmou que tudo não passou de um acidente e que não tinha intenção de machucar a professora. Maria já o conhecia havia oito anos, e afirma que não esperava vê-lo