psicologa

O diário de Anne Frank
Minha Querida Kitty,
Anne Frank nasceu em 1929, na Alemanha, filha de judeus. Aos 4 anos, foi obrigada a sair de seu país com sua família após a chegada de Adolph Hitler. Em 1942, com a perseguição aos judeus acontecida também na Holanda, Otto Frank (pai de Anne) sua mulher e suas filhas unem-se a mais quatro pessoas e decidem se esconder dos invasores alemães. O livro relata a história vivida por Anne no Anexo Secreto (nome dado ao esconderijo) e a sua confiança em Kitty, seu diário. Diz ela que Kitty é sua única “amiga verdadeira”. “Aparentemente parece que tenho tudo, exceto um único amigo verdadeiro. Quando estou com minhas amigas só penso em me divertir. Não consigo me obrigar a falar nada que não seja bobagens do cotidiano. Parece que não conseguimos nos aproximar mais, e esse é um problema (...) Foi por isso que comecei o diário. P 19”. Seu diário é praticamente tudo que ela tem lá dentro, pois como se tem alguém pra confiar quando você tá presa dentro de um sótão de um escritório apenas com pessoas estranhas, (exceto sua família) e sem ninguém para conversar? Ela substitui essa pessoa por seu diário, e a ele conta histórias em que nunca teve coragem de contar para alguém. Quem narra à história é Anne. O que faz a história ser conta pelo narrador – personagem. A história se passa no passado “Quando tinha 10 anos, me deixaram levar a caneta para a escola... P 168”, no presente “Ainda não fui no armazém, mas talvez vá logo p 203” e algumas partes no futuro “Vou ter de me tornar uma boa pessoa por vontade própria... P 16”.
A cada página do seu diário podemos entender mais como Anne se sentia, esses sentimentos podem ser encontrados em partes do livro como : “Quando olhei para a vela hoje à noite, me senti calma e feliz de novo. P 230”. Entendo essa vela como uma chama que simbolizava esperança, o que era uma sensação difícil de ser encontrada no porão escuro e cotidiano de Anne. Esperança para