psicolgia juridica
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RESENHA Psicologia jurídica: implicações conceituais e aplicações práticas
Murilo Angeli Dias dos Santos 1
Universidade São Judas Tadeu
Endereço para correspondência
Caires, M. A. F. (2003). Psicologia jurídica: implicações conceituais e aplicações práticas. São Paulo: Vetor, 205 p.
A psicologia jurídica é especialidade pouco estudada e pesquisada, apesar de sua importância e utili-zação pelo Direito, sobretudo no âmbito criminal, mas também no âmbito cível, trabalhista e até administra-tivo. Com isso, a dificuldade encontrada pelo psicólogo ao emitir seu laudo ou parecer a pedido do Poder Judiciário é assaz evidente. Diante dessa constatação, a autora objetivou em sua pesquisa ampliar a discussão sobre o assunto, visando a uma maior sistematização da matéria de tão relevante valor social.
O livro, subdividido em cinco capítulos, resul-tou da dissertação de mestrado da autora que, a partir de seu aceite para integrar a Unidade de Psicologia do Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (IMESC), constatou a preocupante escassez doutrinária na área. Com sua pesquisa, Maria Adelaide de Freitas Caires eleva a psicologia jurídica ao patamar de disciplina distinta e diferenciada em relação à psicologia clínica, embora reconheça os aspectos que as mantêm correlatas.
O capítulo inicial traz uma contextualização da psicologia jurídica e suas disciplinas afins pela história e traça um panorama da prática pericial que aponta para sua origem na Antigüidade, época em que, sobretudo por meio da medicina legal, começou a ser abraçada pelas mais diversas legislações. Mostra também o percurso histórico da perícia no Brasil, país que, somente por volta de quatrocentos anos após seu descobrimento, iniciou alguns estudos médico-legais com maior independência em relação à orientação científico-doutrinária portuguesa. No tocante à psicologia