pedagogia

REFLETINDO SOBRE O SUJEITO DO DIREITO E O SUJEITO DA PSICANÁLISE A PARTTIR DE UMA EXPERIÊNCIA COM ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI Luziane Carneiro Lyra Santos Psicóloga Voluntária da VEPA CRP – 02 / 11337

A presente reflexão acerca da constituição do sujeito Psicanalítico e o sujeito do Direito se deu a partir da experiência de estágio curricular com adolescentes em conflito com a lei na Vara da Infância e da Juventude na cidade de Recife entre os anos de 1998 a 1999 no Núcleo Gerencial de Medidas Sócio-Educativas em Meio Aberto (NGMSEMA). O referencial teórico adotado nesta prática, foi a Escuta Clínica Institucional de base analítica.
Considerando o referencial teórico psicanalítico utilizado, e o adolescente em conflito com a lei como objeto de estudo, se faz importante tecer uma discussão acerca de ambos os temas. Visto que para a Psicanálise o sujeito é o do desejo e para a Justiça o sujeito é o do direito, na prática foi feita recorrência à conceitos, que inspiram o pensamento sobre o tema da delinqüência. Como também se faz necessário discutir sobre Psicologia Institucional, considerando o contexto aplicado.
Ao falar em Psicologia institucional, devemos primeiro contextualizá-la temporalmente. Ela é uma prática recente no desenvolvimento da Psicologia, portanto, não se pode dizer que nessa área, alguém possua larga experiência. Segundo Bleger (1992), ela se insere tanto na história das necessidades sociais como na história da Psicologia e, dentro desta última, não se trata só de um campo de aplicação, mas fundamentalmente de um campo de investigação. Em Psicologia não há possibilidade de tarefa profissional ética, se não é ao mesmo tempo, uma investigação do que está ocorrendo e do que está se fazendo. A investigação científica não tem lugar acima ou fora da prática, mas sim dentro do curso da mesma. Ainda segundo o autor, Psicologia institucional abarca o conjunto de organismos de existência física