Psicofarmacologia de transtornos de humor
Disciplina: Psicofarmacologia
RESENHA
PATTERSON, Jo Ellen; et al .Transtorno do Humor. In: Guia de Psicofarmacologia para o terapeuta: trabalhando com pacientes, suas famílias e seus médicos para aperfeiçoar o tratamento. São Paulo: Roca, 2010.
Dentre os transtornos de humor mais conhecidos, encontram-se a depressão, esta se caracteriza por sintomas como: tristeza, solidão, apatia e desânimo.
Além, da sintomatologia psiquiátrica os transtornos de humor possuem uma interação biopsicossocial, ou seja, neles estão presentes fatores biológicos, emocionais e ambientais.
Na bioquímica da depressão vê-se alterações nos funcionamentos de alguns neurotransmissores, em especial, a diminuição da serotonina no processo sináptico.
Neste sentido, os antidepressivos, especificamente os inibidores seletivos de recaptura de serotonina, agem inibindo os mecanismos de recaptura de neurotransmissores, para que ocorra um aumento dessas moléculas nas sinapses. A medicação antidepressiva devido a sua ação neuronal age em outras áreas cerebrais que não estão envolvidas com o transtorno, atingindo também o sistema nervoso periférico, ocasionando efeitos colaterais incômodos que podem dificultar a adesão ao tratamento. Embora a medicação antidepressiva represente um ganho à psiquiatria, a eficácia do antidepressivo pode girar em torno de 50% apenas. Nestes casos específicos em que a remissão dos sintomas é pequena ou não existe, é necessário a utilização de tratamentos complementares, como a eletroconvulsoterapia e a intervenção psicoterapêutica. Outro transtorno de humor significativo é transtorno bipolar, ele é caracterizado por variações de humor que oscilam entre a depressão e a mania. É um transtorno que traz conseqüências impactantes para o indivíduo e sua família, atingindo suas relações sociais como um todo. Não possui cura, mas possui tratamento. A medicação indicada para o tratamento é o lítio, pois este remédio age nos canais