Psico
Reflexão sobre excerto do livro “Teorias e Paradigmas Organizacionais” de José Manuel Canavarro Não e difícil definir uma perspectiva unificada e unificadora ao quadro das ciências da Organização, pois existem várias concepções de organização que se constituem como modelos e ainda porque a compreensão dos fenómenos organizacionais confluem contributos oriundos de várias ciências como a psicossociologia, a matemática entre outras. Kuhn (1957) defende que os seres humanos não sobreviveriam muito tempo sem conceber teorias , pois estas dão sentido á vida quotidiana , funcionando como um processo psicossocial do tipo categorização social (Leyeus -1981), ao simplificar o Mundo que os rodeia e ao orientar a nossa actividade em determinadas situações. Como todo o processo de categorização social, uma teoria funciona como um guia de acção e adquire capacidade de previsão dos acontecimentos a partir dos conhecimentos que encerra na sua formulação ao permitir concentrar em poucas proporções um vasto leque de conhecimentos. Paradigm shift é um conceito que Kuhn introduziu em 1970, para descrever uma mudança radical nas conceções teóricas e formas de pensar e de descrever a realidade. Abreu (1990), na linha de análise epistemológica de Lewin (1931), refere ao estabelecer a distinção entre os modos de pensar aristotélica e galileia, refere o primeiro como impeditivo do acesso do estudo dos fenómenos individuais e particulares ao estatuto de científicos por impossibilidade de classificação. Contudo, a substituição da lógica aristotélica por um modo de pensar galileano onde a estrutura de relações entre o fenómeno e a situação e a assunção do caracter subjectivo do contexto do estudo (seta individual, grupal ou organizacional),permite a fundamentação de uma nova ciência menos positivista, mecanista e racionalista. Segal (1990) refere-se ao mito da objectividade como algo essencialmente ligado ao que podemos conhecer na