Psico
Psicologia Social da Justiça:
Fundamentos e desenvolvimentos teóricos e empíricos (*)
ISABEL CORREIA (**)
INTRODUÇÃO
Numa análise atenta da Psicologia Social da
Justiça podemos concluir que esta área disciplinar constitui um ramo importante da
Psicologia Social. De facto, a Psicologia Social da Justiça ocupa um capítulo na última edição do
Handbook of Social Psychology (Tyler & Smith,
1998), existem revistas especializadas nessa área
(e.g., Social Justice Research) e associações especificamente dedicadas ao seu estudo (e.g.,
International Society for Justice Research). Para além destes dados, e como se poderá constatar nas referências deste artigo, grande parte das referências desta disciplina encontram-se nas revistas mais importantes da Psicologia Social como o Journal of Personality and Social Psychology, o Personality and Social Psychology
Bulletin, ou o Advances in Experimental Social
Psychology e também nas de Psicologia Social e das Organizações, como o Organizational
Behavior and Human Decision Processes. No
(*) Este artigo foi parcialmente financiado pelo
Projecto PDCT/PSI/55709/2004.
(**) CIS – Centro de Investigação e Intervenção
Social / ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa,
Av das Forças Armadas, 1649-026 Lisboa, Portugal; tel.: +351-217903001; fax: +351-217903002; e-mail:
Isabel.Correia@iscte.pt.
entanto, quando consultamos um manual de
Psicologia Social (e.g., Hogg & Vaughn, 2005), na maior parte dos casos não encontramos um capítulo dedicado à Psicologia Social da Justiça, estando alguns dos seus objectos disseminados por outros capítulos. Naqueles em que encontramos um capítulo de Psicologia Social aplicada à Justiça, esses capítulos tratam do modo como os fenómenos da Psicologia Social (e.g., facilitação social) se aplicam ao sistema criminal (e.g., prática de crimes em grupo, Day, 2005). De facto, para um estudante que se queira iniciar nesta área