Psicanálise
Injunções fisiológico-orgânicas vão transformando as realidades psíquicas vivenciais e as sensações corporais. Essas injunções criam dois campos existenciais íntimos expressivos: um ambiente corporal propício voltado ao sentimento de satisfação sexual de ênfase erótico-genital e uma atmosfera psíquica “amadurescente” de fantasias inconscientes e pensamentos que repercutem os desejos baseados: na necessidade fisiológica (registro Real), na demanda pelo Outro(registro Simbólico) e no desejo do objeto faltante (registro Imaginário). Esses dois últimos registros estão implicados na linguagem, sob a égide do envolvimento da fala. O outro registro (o Real) de inscrição fisiológica também é percebido pelo psíquico, segundo a leitura do conceito de pulsão, que inclui a representação psíquica correspondente ao fato somático. A linguagem instaura realidades psíquicas e sociais e absorve permissões e restrições das convenções da sociedade, cuja correspondente estrutura interna compulsória, superegóica, há muito tem incorporado contenções e aprovações sociais ao Ego – numa dinâmica subjetiva-social ético-moral. As questões afetivo-amorosas estão imbuídas no Ideal do Ego – uma instância não compulsória, diferentemente do Superego, mas detentora do narcisismo, portanto, da Autoconservação e do Amor.
O desejo sexual na adolescência impõe certa agressividade. Esse caráter invasivo do biológico púbere abre novas perspectivas, possibilidades e faculdades na temporalidade do decurso ôntico. Esta inevitabilidade imposta ao desejo