Psicanálise
A psicanálise surge a partir dos séculos XIX e XX, na Europa. Surge não somente como o resultado de uma evolução de conceitos e diretrizes filosóficas e cientificas, mas principalmente como uma ruptura em relação ao conhecimento até então existente e predominante, referimos as relações entre o pensamento de Freud, o Positivismo e o próprio projeto de Psicologia, proposto por Wilhelm Wundt (1832 – 1920).
Comentando sobre o Positivismo, o Francês Augusto Comte formula que o estado positivo é marcado pelo predomínio da observação em relação à imaginação e a argumentação, que ficaram subordinadas aquela. No século XIX foram marcados por inúmeras conturbações, inclusive no campo da filosofia, em que o Positivismo reafirma as posições Kantianas quanto a causalidade das coisas, em oposição á concepção mecanicista aristotélica vigente por tanto tempo.
Há na obra de Freud influencias mecanicista, como, a formulação do complexo de Édipo, a partir do qual toma a primeira infância como um conjunto de ocorrências que se repetem em todos os seres humanos, do seu nascimento até os seis anos de idade. O positivismo é também uma marca em sua produção.
Freud equipara o Psiquismo a algo orgânico, a qual é em alguns momentos mais intensa, como no inicio de sua obra, e em outros menos. Freud, ao construir suas teorias acerca da constituição e da dinâmica do aparelho psíquico, apresenta um modelo predominante casual. Sempre existe uma causa para quaisquer eventos ocorridos na vida humana, não pode haver eventos mentais sem uma causa que os determine, e Freud tenta o trabalho de análise em prol destas causas, trata-se de compor os elementos mínimos que motivaram a formação dos sintomas, a fim de encontrar a origem dos mesmos. O método utilizado em suas investigações traz a colocação desta teoria como teoria científica e não exclusivamente especulatória, contudo existe possibilidade de comprovação de cientificidade dos trabalhos clínicos– analíticos realizados por