Psicanálise

Universidade Anhanguera
CURSO-PSICOLOGIA
4º SEMESTRE

ATPS –Teorias Psicanalíticas II - 3 Etapa.

CAMPUS: São José dos Campos – SP
Maio de 2014

Introduzindo rapidamente ao assunto discutido e regressando ao caso do João, Winnicott, ao longo do seu estudo referente à Mãe suficientemente boa, ambiente facilitador e self (falso e verdadeiro), colocam-nos frente ao problema, agora do ponto de vista do bebê. A mãe suficientemente boa é aquela que permite, através do seu olhar, do seu rosto (o primeiro espelho da criança) o olhar desta sobre si mesma, onde: “Quando olho também sou olhado, então logo existo... permito-me, agora, olhar e conseguir ver.” Ela responde aos estímulos do bebê e o coloca como sendo dependente, mas livre para experimentar o novo, o lado de “fora” do corpo da mãe.
O ambiente também tem uma significância importante para a criança a fim de criar o “ verdadeiro self”. A criança necessita de um espaço potencial para desenvolver. Este espaço abrange tanto os cuidados maternos bem como as necessidades fisiológicas. Quando a criança não tem suas necessidades atendidas e passa por períodos muito longos de dores e fome, esta se desenvolve em um ambiente que não é propício e que reflete uma aprendizagem defasada.
Neste espaço a criança deve se sentir segura para exploração e criar suas fantasias, através das brincadeiras, visto que é com elas que a interação social se inicia.
No caso de João é provável que ele não tenha desenvolvido um verdadeiro self, pois sua mãe não lhe oferecia condições favoráveis à respostas dos gestos espontâneos do mesmo. Ela oscilava seus sentimentos no dia-a-dia, frente à situação com o pai de João (brigas) e o menino acabava por não ter como reposta, a imagem de si, e sim daquilo que a mãe refletia nele; insegurança, medo, fragilidade, dependência. Neste aspecto, Winnicott nos leva a pensar que, que esta mãe estava entre uma mãe ausente ou