Psicanálise
UNIVERSIDADE PAULISTA
MICHELA FERNANDA DA SILVA GANZELLA
PSICANÁLISE: O RETRATO DE DORIAN GRAY
ARARAQUARA-SP
MAIO 2014
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ANÁLISE PSICANALÍTCA
O RETRATO DE DORIAN GRAY
Dorian chega a Londres e conquista diversos admiradores os quais são cativados e impressionados por sua beleza física. Principalmente o pintor Basil
Hallward e o aristocrata Henry Wotton.
Basil, profundamente encantado com a beleza de Dorian e por se tratar de um talentoso pintor, se propõe retratar a beleza que o impressiona em um quadro.
Já Henry, também encanta-se pela beleza de Dorian, contudo, seu objetivo focou-se em tentar influenciar o garoto a viver a vida que ele não teve coragem de assumir: uma vida voltada exclusivamente ao prazer. Seus conselhos levam Dorian a “vender sua alma”, de forma que o retrato que Basil pintou sofresse os efeitos do tempo, doenças e machucados em seu lugar estabelecendo que Dorian permanecesse eternamente jovem, saudável e, principalmente, bonito.
Ao perceber o valor que o mundo atribui a sua beleza, Dorian passa a conceber-se como um deus e ele chega a mencionar-se como tal literalmente, acreditando ele próprio ser uma figura de adoração e de valor maior que os outros.
Vê-se acima de seus admiradores Basil, o qual mantém uma paixão pelo garoto, e de seu conselheiro Henry considerado por Dorian e outros aristocratas que o circundam como covarde.
A adoração por sua própria imagem leva Dorian a querer preservá-la em detrimento de sua própria alma e de sua moral. As decisões e o comportamento de
Dorian Gray mostram tendências narcisistas, provavelmente decorrentes de sua imaturidade e da adoração dispensada a sua imagem. Em sala de aula, recordo que houve o comentário que a adoração pela própria imagem leva ao homossexualismo, o qual fora retratado no filme quando Dorian diz a Basil que nunca havia agradecido a ele por ter pintado o quadro e aparenta manter relações sexuais com ele guardando para si sua echarpe. Além do