Psicanálise e sua prática
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PSICANÁLISE E SUA PRÁTICA Quando lemos que “Aprendemos não simplesmente com aqueles que sabem, mas especialmente, com aqueles que são figuras significativas para nós” várias indagações e inquietações nos vêm à tona. Será que realmente somos figuras significativas para nossos educandos? Até que ponto refletimos sobre a individualidade deles? Será que estamos dosando, na quantidade necessária e eficaz, amor e autoridade? Responder a essa e a tantas indagações é realmente algo desafiador. A cada dia nossas salas de aulas passam por um processo de mudança. Há anos atrás a figura do educador era tida como a única e detentora do saber e da verdade, a quem cabia a tarefa de ensinar e/ou castigar. E aí (diga-se claramente) pouco importava a realidade de vida de cada um. Hoje, não podemos mais ver o educador com esses olhos. Educar, nos tempos atuais, vai muito além do repassar conteúdos e castigar os alunos que não sabem aquilo que “ensinamos”. Educar, em tempos modernos, é mediar o conhecimento, oferecer a possibilidade de pensar e criticar. Educar, nas palavras de Freud, é, sobretudo, uma grande e difícil tarefa. Mas se para Freud, já naquela época, educar era tida como uma grande e difícil tarefa imagine hoje, com toda essa “onda” de violência nas escolas. Todavia, não devemos desanimar. Como educadora (aqui me retrato como tal) em tempo integral, um pouco desiludida, mas, cheia de sonhos para essa árdua e apaixonante missão, me vejo a refletir a minha trajetória na educação e as minhas mudanças nesse período. Comecei “verde” há onze anos atrás. Verde na idade e na experiência. Achava que a mim cabia apenas a tarefa de repassar os meus conhecimentos e nada mais. Porém, hoje, depois de vários anos de estudos constantes, me vejo realmente como uma educadora. A cada dia que passa, sou mais convicta que educar é, acima de tudo, pensar e repensar a prática com um olhar crítico, percebendo meus alunos como seres em constante transformação, na busca