Psicanálise e educação - caminhos cruzáveis

PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO CAMINHOS CRUZÁVEIS

MYLENA K. MELO OLIVEIRA

Brasília, 2012.

PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO – CAMINHOS CRUZÁVEIZ.
RONDAS, Augusta. Brasília, 2004.

Psicanálise e Educação – caminhos cruzáveis é um livro que tem como objetivo mostrar o que é a psicanálise, suas principais características, seu nascimento, e principalmente nos falar um pouco sobre seu principal conceito, o consciente.
A autora, Maria Augusta Rondas Speller é doutora na UFMT e trabalha na linha de pesquisa “Educação, subjetividade e psicanálise”. Por ter um jeito particular de escrever, seus livros chamam bastante atenção dos que estão na iniciação científica.
Na leitura do primeiro capítulo, podemos perceber que, antes, o inconsciente era tido como um sentido negativo, pois ele designava tudo o que não era consciente. Somente com as investigações de Freud o conceito ganha o sentido que usamos até a contemporaneidade. O sentido de que o consciente é o responsável daquilo que falha e/ou escapa aos humanos. São os lapsos, os esquecimentos, os atos falhos, os sonhos, os chistes que somente percebemos ser parte do inconsciente após tomarmos conhecimento, mesmo que superficial, da teoria de Freud.
Como humanos, gostamos de ter o “controle” das coisas, tanto das nossas como das alheias, e Freud dizia que a psicanálise abriu uma terceira ferida na vaidade do ser humano, pois ela, nos mostra que não possuímos controle que achávamos ter sobre nós mesmos, um exemplo disto são os sonhos, as crises de riso, ou até mesmo quando falamos mais que devíamos.
A psicanálise vai além e diz: o eu consciente é a sede do engano. Ou seja, nós pensamos que sabemos o que somos, mas essa imagem que possuímos de nós mesmo pode ser facilmente mudada, quando uma pessoa faz um comentário sobre algo (em nós) que não havíamos percebido. Então, a imagem que fazemos de nós mesmos sofre