Psicanálise - estudo de caso em empresas
Os indivíduos buscam em seu oficio, não somente garantir o sustento, mas também encontrar satisfação, segurança, além da possibilidade de transito social. Esses desejos, por vezes são utilizados como ferramentas para que, ao inseridos em uma organização esse funcionário venha a ter um comportamento desejado.
Podemos perceber essa constatação em algumas características das novas estratégias de gestão, em especial, na empresa X, dado no estudo de caso:
Grande família: as empresas, ao pretenderem engajar o servidor, utilizam o discurso de que “somos todos uma grande família”, incentivando o sentimento de não estar sozinho e de pertencer a um grupo, portanto, protegido e convivendo com iguais.
Contratar filhos de funcionários: a organização tem por objetivo a continuidade da mesma, para isso procura uma repetição no quadro de funcionários. Desta forma não há renovação visto que a empresa anseia a perpetuação de sua configuração.
Conservação de valores morais: para que se tenha a ideia de uma instituição de confiança, por vezes a associação estabelece um discurso moral no qual, um interessado na vaga deve possuir, valorizando assim uma moral.
Pequenos grupos de trabalho com um líder: isso demonstra que a empresa não possui uma hierarquia rígida e inchada, mas sim uma lógica humana, menos verticalizada e aparentemente mais justa.
Reuniões periódicas para discutir a situação da empresa: sendo o empregado pertencente ao grupo, quando ele esta realmente inserido neste, é tomado por um sentimento de amor, fidelidade e coragem, mantendo assim o enredo da produção do trabalho. Aparentemente essas iniciativas parecem muito coerentes e satisfatórias, e de um certo modo elas realmente são, porém, em uma busca de afirmação, de querer suprir aquilo que a organização espera, o indivíduo deixa de lado o seu “eu” para incorporar o “eu” da organização, ou seja, substitui, nega o ideal do ego para o ego ideal, anulando-se