psicanalise x psicologia analitica
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Sigmund Freud foi o criador da psicanálise. Ele fundou sua teoria após e por causa de seus estudos sobre uma interessante “doença” muito comentada naqueles tempos: a histeria. Carl Gustav Jung, que Freud havia inicialmente proclamado seu “herdeiro”, foi adiante a partir da experiência de outra doença psicológica: a esquizofrenia. Ambos os pioneiros trabalharam essencialmente com mulheres, seu principal objeto de pesquisa. Eles se depararam admirados diante das atividades do inconsciente, que como eles perceberam podia tão profundamente subverter e conturbar a vida de uma pessoa. Entretanto os dois também chegaram a conclusões muito diferentes. Comecemos por ter em vista o contexto sócio-cultural de cada um, que foi bastante diverso um do outro. Freud era um judeu e sua vida em Vienna (Áustria) sofreu o preconceito racial. Jung, de outro lado, cresceu na pacífica e eternamente neutra Suíça, filho de um pastor cristão que havia perdido sua fé interior. Assim, enquanto Freud experimentava insegurança do ponto de vista social, Jung vivia a insegurança interna de uma alma consciente dos limites de instituições e valores coletivos.
Assim nós deparamos com uma série de diferenças conceituais entre os dois estudiosos, tais como:
Diferenças em relação ao conceito de Inconsciente:
Freud via o inconsciente como uma espécie de sótão criado por uma divisão da consciência a partir do trauma do Complexo de Édipo. Funcionaria, então, como um “depósito” onde estariam as ideias e lembranças censuradas da mente. Já
Jung deduziu que o inconsciente já existia bem antes, não sendo amente/psique uma tabula rasa, como postulado na visão mecanicista, nem o inconsciente mero depósito de material reprimido. Diferenças quanto ao conceito de Libido:
Para Jung, a libido era uma “energia psíquica” necessária à ativação e funcionamento da psique como um todo, que poderia ser realmente represada ou contida em traumas sexuais, mas não só a estes. Jung deixa claro