Enfermagem
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“A imagem da criança representa a mais poderosa e inelutável ânsia em cada ser humano, ou seja, a ânsia de realizar a si próprio.” (Jung)
Desde os primórdios da humanidade, o Ser Humano, na busca de autorrealização, caminha em busca de si mesmo. No anseio de tocar os mistérios profundos do seu ser, ele interage com o seu meio e com outro ser igual a si buscando, nele, encontrar-se. Nesse processo, ele comunica a carga de afetividade que reflete desejos, expectativas, motivos, intenções, crenças, valores, parcerias, cooperação, competição, experiências acrescidas no percurso de sua vida que, juntos, compõem a sua dinâmica de interação. A pessoa inteira é mobilizada na interação com o outro.
O primeiro intento na busca de si mesmo está no descobrir-se e relacionar-se com a criança interior, que mora, viva, dentro de cada pessoa, e resgatá-la. Ela é convite contínuo para voltar às fontes da história pessoal de onde é haurida a energia para crescer em todas as dimensões, até atingir a plenitude de seus sonhos, com base na sua semelhança com o Criador (Gn. 1, 26).
É fascinante o que a criança interior pode revelar de seus sonhos, de suas angústias, pelo seu jeito de ser. Desde os primeiros anos de vida, ela foi bombardeada com volumosas informações de possibilidades que inundaram o seu cérebro o tempo todo. No processo de seu crescimento, em cada fase de sua vida, ela viveu as experiências afetivo-amorosas, mas também, os conflitos causados pela falta de amor, atenção e aceitação. Assim, aos poucos, foi se tornando aquilo que os outros queriam que fosse, perdendo assim, a sua essência de criança. Rejeitada no seu eu autêntico, a criança passou a acreditar que foi punida por ser quem era, vivendo a dúvida cruel de não ser certo querer o que queria, pensar o que pensava, falar o que falava, ver o que via, ouvir o que ouvia, sentir o que sentia; enfim, não era certo ser ela mesma. As