Psicanalise silvestre

O presente trabalho aborda o relato de Freud a respeito de uma paciente que lhe foi encaminhada por um jovem médio ao qual ela procurara devido a estar acometida por estados ansiosos, este por sua vez, lhe deu um diagnóstico de que a falta de satisfação sexual era a causa de sua ansiedade e lhe dera 3 opções para se recuperar, sendo que ela deveria voltar para o marido, conseguir um amante ou se masturbar. Estas recomendações lhe pareceram improváveis uma vez que ela não voltaria para o marido e ter um amante ou se masturbar eram práticas que fugia de sua concepção moral e religiosa. Por se tratar de uma mulher de meia idade, que ainda se encontra em condições de manter uma vida sexual ativa, o jovem médico recomenda-a que procure Freud pois este abordava questões sobre a sexualidade e que confirmaria o que ele dissera, por isso ela estava convencida de que era incurável.Freud ressalta uma observação- Com a experiência adquirida, não se deve aceitar de primeira os relatos que chegam a nós pois nos relatos de alguém podem haver projeções, proteções entre outras. Mas supondo que fosse verdadeira a descrição, Freud retrata no texto a questão ética do médico com o paciente e descreve pontos importantes que considerou equívocos por parte do profissional.Para ele o médico teve uma visão do senso comum ao dar o conselho à paciente uma vez que a psicanálise considera como vida sexual não apenas o coito mas todos os sentimentos originados de impulsos sexuais mesmo quando esses impulsos foram reprimidos ou direcionados a outro fim que não sexual. O fator mental tem grande importância, e é sabido que uma pessoa pode ter uma vida sexual ativa porém não estar mentalmente satisfeita. Outra questão a respeito do conselho do médico é que apenas a satisfação sexual não é a cura para os sofrimentos neuróticos, apesar de ser recomendado em alguns casos, pois há outras questões como resistências internas que acomete a paciente mencionada no caso, uma vez que não necessita que um