PSCICOLOGIA
Christiane Farentinos é psiquiatra, treinada oficialmente em Terapia Dialética Comportamental. Hoje radicada nos EUA, ela é membro do NIDA Clinical Trials e professora adjunta da Oregon Health and State University. A convite da Abead, Christiane falou sobre a Terapia Dialética Comportamental, tema de um curso que ministrará no Rio de Janeiro, no próximo dia 13 de novembro.
1. A TDC é uma técnica cognitivo-comportamental criada para tratar pacientes com transtorno borderline de personalidade. Só com o passar dos anos ela começou a ser utilizada para tratamento de dependentes químicos. A terapia tem a mesma eficiência em ambos os casos? Como foi descoberto que ela poderia ser usada para os dois fins?
A TDC começou a ser utilizada com pacientes com transtornos de uso de substâncias, uns dois ou três anos depois que a técnica foi consolidada como eficaz para pacientes borderline. Em primeiro lugar há vários pacientes borderline que também sofrem de dependência química; além disso, entendeu-se que a técnica poderia ser eficaz na dependência química, pois aborda, sobretudo, o descontrole e a labilidade emocional, e dificuldade de relação interpessoal, além de oferecer alternativas saudáveis, oriundas da prática budista, para ajudar o paciente a tolerar o estresse, que é um dos maiores gatilhos da recaída. Como podemos ver, essas características são compartilhadas tanto no distúrbio borderline como na dependência química. A TDC se mostra tão eficaz quanto outras terapias baseadas na Teoria Cognitivo Comportamental, da qual empresta vários de seus princípios.
2. O princípio fundamental da TDC reside entre a validação e aceitação do paciente, ao mesmo tempo em que é auxiliado na mudança. Quais são as vantagens desse tratamento com dependentes químicos? Como é feito o processo e como são traçadas as metas?
O processo se dá, como em todas as terapias, no contexto de uma relação