O pré-modernismo (também chamado de estética impressionista) foi um período literário, onde ocorreu uma transição do simbolismo para o modernismo. O termo destinado a este estilo provavelmente foi criado por Tristão de Athayde para os “escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920”, nas palavras de Joaquim Francisco Coelho. O contexto histórico brasileiro influiu muito na produção literária, que marcou uma realidade caracterizada por conflitos como fanatismo religioso no Nordeste, as Revoltas da Vacina e da Chibata no Rio de Janeiro, as greves em São Paulo e a Guerra do Contestado e disputas provincianas na Região Sul. Esses conflitos foram abordados pelos autores do pré-modernismo, que eram motivados também pela recente abolição da escravatura, a industrialização e o nascimento da burguesia urbana. Uma curiosidade sobre o pré-modernismo é que os vários autores são classificados como pré-modernistas apesar dele não ser considerado uma escola literária devido à forte individualidade de suas obras, porém os escritores tinham características em comum como o conservadorismo - com valores parnasianos e naturais e a renovação – demonstrando a realidade brasileira. Não só na literatura, mas na música pré-modernismo se destacou com Alberto Nepomuceno com suas composições de intenção nacionalista, com apoio à nação brasileira. Dentre os autores destacam-se Euclides da Cunha com “Os Sertões”, Graça Aranha com Canaã, Lima Barreto, Augusto dos Anjos e Monteiro Lobato com Urupês e Cidades Mortas. Euclides da Cunha (1866-1909) foi um escritor pré-modernista e nasceu na fazenda Saudade, em Cantagalo (Rio de Janeiro), filho de Manuel Rodrigues da Cunha Pimenta e Eudóxia Alves Moreira da Cunha. Órfão de mãe desde os 3 anos de idade, Euclides passa a viver em casa de parentes em Teresópolis, São Fidélis e na cidade do Rio de Janeiro. Em 1883 ingressa no Colégio Aquino, onde foi aluno de Benjamin Constant, que influenciou muito sua formação.. Em suas