Pré-modernismo
Ao contrário do que muita gente pensa, não são apenas as revoltas armadas e as guerras que fazem parte das mudanças que ocorrem em uma sociedade. Existem vários outros aspectos que sofrem um desenvolvimento frequente, baseado em verdadeiras revoluções que ocorrem dentro desses determinados segmentos. Esse tipo de mudança também vale a pena ser estudado. Uma das coisas que sofreu muitas mudanças no Brasil foi a literatura. É incrível comparar as diferenças de um período para outro, estudando as características e a evolução de cada período literário na história do país.
Neste trabalho, falarei um pouco sobre o período do pré-modernismo, fase literária que marca a transição do naturalismo para o modernismo.
O que foi o Pré-Modernismo?
O que se convencionou chamar de Pré-Modernismo, no Brasil, não constitui uma "escola literária", ou seja, não temos um grupo de autores afinados em torno de um mesmo ideário, seguindo determinadas características. Na realidade, Pré-Modernismo é um termo genérico que designa uma vasta produção literária que abrangeria os primeiros vinte anos deste século. Aí vamos encontrar as mais variadas tendências e estilos literários, desde os poetas parnasianos e simbolistas, que continuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvolver um novo regionalismo, além de outros mais preocupados com uma literatura política e outros, ainda, com propostas realmente inovadoras.
Por apresentarem uma obra significativa para uma nova interpretação da realidade brasileira e por seu valor estilístico, limitaremos o Pré-Modernismo ao estudo de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha e Monteiro Lobato. Assim, abordaremos o período que se inicia em 1902 com a publicação de dois importantes livros (Os sertões, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha) e se estende até o ano de 1922, com a realização da Semana de Arte Moderna.
A literatura brasileira atravessa um