Práticas sociais em saúde
No Brasil, mulheres com idade entre 10 a 19 anos atualmente respondem por cerca de 23 a 30% do total das gestações. Conclui-se que o índice de gravidez na adolescência é alto, considerado, pois, um problema de saúde pública. Medidas públicas vêm sendo adotadas em vários municípios brasileiros; entre essas, encontram-se a disponibilização de recursos para a prática da contracepção junto com ações educativas / preventivas restritas. A gravidez na adolescência quando indesejada ou sem apoio familiar e social, freqüentemente leva adolescentes à prática do aborto ilegal e em condições impróprias, resultando em uma das principais causas de óbito materno por problemas relacionados a gravidez. No ano de 1998 mais de 50 mil adolescentes foram atendidas em hospitais públicos para curetagem pós-aborto, sendo cerca de 3 mil realizadas entre jovens com idade entre 10 e 14 anos. A gravidez na adolescência, torna-se um problema social grave, afastando a adolescente da escola, do mercado de trabalho, diminuição do padrão de vida, desestruturação familiar, diminuindo assim o padrão sócio-econômico. A adolescente grávida gera um transtorno no contexto familiar, mas muitas vezes esta gravidez para a adolescente é desejada, como forma de fuga familiar e reconhecimento. No Brasil, desde a década de 60 a gravidez na adolescência vem gerando preocupação à nível nacional e mundial, ampliando assim a pobreza e a desigualdade social. Até então, os governos brasileiros assumiram posições contrárias à restrição dos nascimentos e o casamento e a maternidade eram estimulados, inclusive entre adolescentes. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA), aprovado em 1990, regula o direito a ações e serviços específicos de promoção à saúde do grupo. A idéia de promoção à saúde que sustenta estas novas preposições resgata a inter-relação dos vários processos sociais ( como o a gestação na adolescência) com as