Práticas de leitura e escrita nos anos iniciais
Desde o século XVIII os métodos para uma boa educação, principalmente no âmbito da alfabetização, vem sendo repensados e remodelados numa busca pela alfabetização ideal. Desde as cartilhas jesuíticas até o método construtivista mal interpretado onde o professor simplesmente assistia o aluno sem instigá-lo a um novo aprendizado ou a uma nova forma de aprender, até hoje, quando estamos praticamente regredindo as antigas cartilhas, ainda não nos convencemos nacionalmente de qual é o método ideal. Talvez por conta disto que muitos de nossos alunos avançam nos anos escolares continuando sem saber escrever e ler.
Segundo Nóvoa (1995), o período chave da profissão docente teve início na segunda metade do século XVIII, quando se tentou esboçar o perfil do professor ideal a partir de algumas interrogações num momento de secularização e estatização do ensino como: deve ser leigo ou religioso? Deve integrar-se a um corpo docente ou agir a título individual? De que modo deve ser escolhido ou nomeado? Quem deve pagar o seu trabalho? Qual a autoridade de que deve depender?
A partir disto, os novos estados docentes instituíram um controle mais rigoroso dos processos educativos, a estratégia adotada prolongou as formas e os modelos escolares elaborados sob a tutela da igreja, agora dinamizados por um grupo de professores recrutados pelas autoridades estatais, substituindo o corpo de professores religiosos por um corpo de professores laicos continuando o modelo do professor próximo ao modelo do padre, sem modificações significativas. E mais tarde foram definidas regras uniformes de seleção e nomeação de professores pelos reformadores. (NÓVOA, 1995)
Antes de 1808, conforme Maciel (2005), os métodos utilizados para alfabetizar eram confeccionados pelos próprios professores que também utilizavam cartilhas portuguesas, pois ainda éramos colônia de Portugal e era proibido publicar no Brasil, sendo que um dos métodos mais utilizados se