Prática de leitura de textos orais e escritos
1. Leitura e formação de leitores.
As autoras (Santos, Riche e Teixeira) constatam o fato de que os professores nem sempre têm a compreensão de que textos analisar, o que abordar e até mesmo do que é texto. Por exemplo, raramente são abordados textos orais; quando se fala em leitura, pensa-se logo em textos escritos. Quando os PCN apresentam sua importância em sala de aula, analisando situações de fala ao vivo ou em gravações, com o objetivo de mostrar aos alunos como a fala se organiza. Com isso, não basta a alfabetização ou os primeiros anos do ensino fundamental, tem que seguir por toda a vida escolar, para que o aluno se torne um leitor. Leitura não se dá apenas em decodificar códigos linguisticos, reproduzir o que se lê e sim ao estimulo da capacidade de compreender os textos, anexando-os a seu conhecimento de mundo, fazendo o aluno levantar hipóteses, criando leitores críticos e não meros “ledores”. Para a formação de leitores é necessário não limitar os alunos à mera “copiação”, como diz Marcuschi (2008), sem levantar reflexões, limitando-os à literalidade, mas sim estimular a leitura compreensiva e participativa, levando o aluno à elaboração de outros textos, a reflexão, fazendo inferências sobre a moral da história.
2. Leitura: conhecimento prévio e estratégias cognitivas.
Conhecimentos prévios
Conhecimento textual – Refere-se à nossa percepção de como o texto se organiza, levando-nos a perceber o objetivo do gênero textual. Ex. Receita de bolo.
Conhecimentos linguístico – Refere-se à experiência linguístico discursiva, que também nos leva a perceber o gênero textual.
Conhecimento enciclopédico (ou de mundo) – Refere-se a tudo que assimilamos durante a vida, que nos leva a retomar a memória de tudo o que já lemos e conhecemos para compreender o texto.
Conhecimento intertextual – Ajuda na compreensão, através da identificação de referências implícitas ou explícitas de textos já conhecidos.