prova de son anhembi
A música não deve percebida pelo espectador de forma consciente e está subordinada aos veículos primários na narrativa (diálogos e imagens).
Gorbman usa o termo inaudibilidade sempre entre aspas, pois é claro que a música extradiegética é audível para o público, mas, segundo ela, um conjunto de práticas convencionais evoluiu para que o espectador, em geral, não “focalize” a escuta na música. De modo análogo à edição de continuidade na trilha de imagem, a música extradiegética deve procurar manter-se “invisível”, o compositor deve “esconder seus truques” como um prestidigitador. O objetivo principal da narrativa cinematográfica clássica é provocar no público uma impressão de realidade e a música extradiegética, como um elemento alienígena no espaço cênico “realista” do filme, deve, portanto, ser empregada com extrema cautela para não perturbar o envolvimento onírico do espectador com a história. É importante lembrar que o público deslocou-se até a sala de cinema e pagou ingresso para assistir a um filme, e não a um concerto
Referindo-se também a essa música “silenciosa” do cinema clássico, Gérard
Betton cita o compositor Maurice Jaubert que no livro La Musique de Film afirma que
“a música nunca deve se esquecer de que, no cinema, seu caráter de fenômeno sonoro prevalece sobre seus aspectos intelectuais e mesmo metafísicos. Quanto mais ela se apagar por trás da imagem mais chances terá de abrir novos horizontes para si”
Praticas decorrentes do princípio da inaudibilidade:
a) no filme clássico, a forma musical está, em geral, subordinada à forma narrativa. A duração de uma intervenção de música é determinada pela duração da ação ou sequência visualmente representada
b) Um princípio básico da estética do cinema clássico é a