Protocolo de Kyoto
Uma das mais candentes questões acerca do aquecimento global é: quem pagará a conta dos esforços necessários para atenuar a mudança climática sobre o planeta e os seres vivos. Por isso, 1.000 representantes de 190 países se reuniram no início de abril de 2008 em Bangcoc, na Tailândia, e o farão outras vezes durante o ano: eles discutem a divisão de responsabilidades para reduzir a geração de poluição e "salvar o planeta". As novas leis ambientais deverão estar prontas até 2009, para, em 2013, substituírem o Protocolo de Kyoto - que, atualmente, estabelece a divisão de tarefas somente entre os países desenvolvidos. O que está em jogo, além do bem-estar mundial, é o impacto que as medidas podem trazer a economia de todos os países, até mesmo no Brasil. Entenda o que é o Protocolo de Kyoto e as linhas gerais do tratado que deve substituí-lo.
1. O que é o Protocolo de Kyoto?
É um acordo assinado em 1997 por 189 nações, que se comprometeram em reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa em 5%, na comparação com os níveis de 1990. O principal alvo é o dióxido de carbono (CO2). Especialistas acreditam que a emissão desenfreada desse e de outros gases esteja ligada ao aquecimento global, fenômeno que pode ter efeitos catastróficos para a humanidade durante as próximas décadas. O Protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005 e prevê que suas metas sejam atingidas entre 2008 e 2012, quando ele expira. A intensidade do corte nas emissões de gases poluentes varia de país para país, e se foram obrigadas a se enquadrar na regra as nações consideradas desenvolvidas. Em tempo: o Protocolo ganhou seu nome em homenagem há cidade japonesa de Kyoto, onde o acordo foi assinado.
2. Há metas específicas para países em desenvolvimento, como o Brasil?
Os países em desenvolvimento, como Brasil e Índia, não precisaram se comprometer com metas específicas. Segundo o Protocolo, eles são os que menos contribuíram para as mudanças