Protocolo de Estocolmo
Realidade Histórica Brasileira e Inserção no Contexto Global
Por Fernando Quintino* “Nobody can look into the future, but we can invent it”
Albert Einstein I – Contexto Histórico da Sustentabilidade Nos últimos anos, têm sido cada vez mais recorrentes as notícias sobre o impressionante impacto do rápido desenvolvimento humano no meio-ambiente havido a partir da revolução industrial em meados do século XIX. No Brasil, as discussões se iniciaram efetivamente a partir da Conferência Internacional Rio Eco 92 e passaram a ser mais recorrentes nos últimos anos, já como resultado do impacto efetivo do crescimento desordenado no clima do país e suas conseqüências na economia, como o exemplo do problema do apagão que revelou a falta de infra-estrutura intensificada pela ausência de chuvas. Tratado com maior ou menor responsabilidade pelos países a depender em geral do nível de desenvolvimento, a questão da sustentabilidade, especialmente no que se refere ao desenvolvimento sustentável, está na agenda dos principais governantes em todo o planeta, principalmente se considerarmos que hoje, em 2007, para a sobrevivência dos habitantes do planeta, precisaríamos de mais recursos naturais do que é possível obter, o cálculo estimado é de necessitamos de 27% a mais de recursos naturais existentes, se considerarmos a demanda da atual população mundial em mais de 6 bilhões. De fato, as medidas de racionalização do desenvolvimento econômico precisam ser implantadas de imediato, visto que a discussão já se dá sob estágio muito avançado de prejuízos ao meio ambiente e, como não poderia deixar de ser, as políticas devem ter em conta as enormes diferenças econômicas e sociais entre os povos.
Para que se tenha idéia dessas diferenças, basta dizer que, atualmente, em 20% (vinte por cento) da área total do planeta são gerados produtos necessários a atender apenas 7% (sete por cento) da população mundial, evidenciando-se a disparidade de