É, os jovens do Brasil acordaram! A juventude acordou! Eu já havia pensado em desistir, mas agora corre um sangue novo em minhas veias. Eu não sou mais jovem, mas ainda estou em forma e preparado para lutar, emocional e fisicamente. A juventude acordou para a defesa de seus direitos, e para a luta para defender os direitos humanos fundamentais. Perguntaram-me: o que você achou dos movimentos que se espalharam pelo Brasil? Eu respondi: foi emocionante! Mexeram comigo! Agora os jovens entendem que tem que conhecer a Constituição Federal, e que tem que lutar pela garantia de todos os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. Eles hoje sabem que estamos falando nos direitos voltados para a proteção de todos os indivíduos sem qualquer forma de distinção; e que estamos falando em lutar contra o desrespeito à dignidade de todos em seu sentido mais amplo, e pela liberdade de todos também em seu sentido mais belo e abrangente: ir, ficar, vir, falar, ser, ter (saúde, educação, trabalho, moradia... paz)! Olhava aquelas imagens e pensava se “será só imaginação? Será que nada vai acontecer? Será que é tudo isso em vão? Será que vamos conseguir vencer”?” (Será?) Ah, Legião Urbana, vamos conseguir vencer sim, somos milhões agora, acordados e conscientes. E a maioria é de jovens com disposição e coragem para lutar contra os desmandos e a corrupção que imperam neste País. E todos nós sabemos agora que “não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta. Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer”!” (Gabriel Pensador, Até quando). Meus filhos participaram dos movimentos, da parte pacífica deles. Senti-me primeiro assustado, depois orgulhoso. Hoje, digo sem medo para eles: “e então, agora que vocês enxergaram a luz, levantem, resistam e lutem pelos seus direitos””(Bob Marley, Get up, stand up). E eles me ouviram! E me disseram que “quando nascemos, fomos programados a receber o que vocês nos empurraram”, e eu disse que era verdade, mas disse