proteses em ceramicas puras
A palavra cerâmica é originária da palavra grega Keramos que significa argila. Dados encontrados há quase 13 mil anos mostram evidências dos primeiros indícios de cerâmicas nas escavações do Vale do Nilo, Egito. Desde o século X, a China já denominava a técnica da arte em cerâmica, a qual apresentava estrutura interna firme e cor muito branca, chegando à Europa apenas no século XVII onde ficou conhecida como ”louça de mesa”.
No final do século XIX surgiram as próteses parciais fixas em cerâmicas denominadas de coroas de jaquetas, que passaram ser amplamente utilizadas, desde que foi patenteada e desenvolvida a técnica da folha de platina.
Diante desta evolução, no fim do século XX, diversos sistemas inovadores foram introduzidos no mercado, a fim de proporcionar a confecção de restaurações em cerâmicas livres de metais, com o intuito de melhorar as propriedades físicas e mecânicas do material.
A microestrutura das porcelanas, que se refere à natureza, tamanho, forma, quantidade e distribuição estrutural dos elementos, exerce efeito nas propriedades físicas das mesmas, sendo dependente das condições de sintetização de cada fase da cerâmica, o qual ditará propriedades de expansão térmica, valores de resistência, solubilidade química, transparência e aparência, feitas de substâncias não metálicas (silício, boro, flúor e oxigênio) e caracterizadas por duas fases: uma fase cristalina circundada e por uma fase vítrea. Sendo a matriz vitrosa composta por uma cadeia básica de óxido de silício e a cristalina ditam as propriedades mecânicas e ópticas.
E. A. Gomes et al. / Cerâmica 54 (2008)
As cerâmicas odontológicas foram desenvolvidas para atender a demanda dos pacientes por materiais mais estéticos e resistentes (livres de metal), a exigência de resultados estéticos adequados cada vez mais próximos à dentição natural, na tentativa de reproduzir a estética natural, pesquisadores e fabricantes de materiais dentários tem explorado os