Prosopopéia de bento teixeira
Poema publicado em 1601, em versos decassílabos, dispostos em oitava rima, com 94 estrofes, sem divisão de cantos, nem numeração de estrofes, cheio de reminiscências, imitações, arremedos e paródias dos Lusíadas. Há pequena ressonância do ambiente da Colônia, salvo algumas descrições da natureza: "Descrição do Recife de Pernambuco", "Olinda Celebrada!, a que não se pode ainda atribuir qualquer sentimento nativista.
Não tem propriamente ação, e a prosopopéia donde tira o nome está numa fala de Proteu, profetizando post facto, os feitos e a fortuna, exageradamente idealizados, dos Albuquerques, particularmente de Jorge, o terceiro donatário da capitania de Pernambuco, ao qual é consagrado. Portanto, trata-se de um poema laudatório a Jorge de Albuquerque Coelho.
Não tem mérito algum de inspiração, poesia ou forma. Afora a sua importância cronológica de primeira produção literária publicada de um brasileiro, pouquíssimo valor tem.
Da análise do poema pode-se concluir que foi escrito em Olinda, quando o autor por lá andou entre 1584 e 1587. De reduzido valor estético, constitui a primeira expressão da literatura no Brasil, sendo visto como a primeira manifestação do nosso nativismo literário.
Literariamente modesta mas historicamente significativa, Prosopopéia não deixa de ser válida do ponto de vista eurotropical. Dentro de sua modéstia literária, ela se inclui entre aquelas primeiras letras em língua portuguesa tocadas pela atração que paisagens exóticas e gentes primitivas, habitantes de espaços tropicais, exerceram sobre europeus.
Sermão da Sexagésima - Padre Antonio Vieira Pregado na Capela Real, em Lisboa, no ano de 1655, constitui-se numa teorização sobre a arte de pregar e numa crítica aos exageros da oratória sacra cultista ou gongórica. Vieira ataca especialmente alguns padres dominicanos, cujos sermões eram extremamente rebuscados e vazios de conteúdo, vazios da "palavra de