Análise: Prosopopeia de Bento Teixeira
Análise da Obra:
“Prólogo
Dirigido a Jorge d’Albuquerque Coelho, Capitão e Governador da Capitania de Paranambuco, das partes do Brasil da Nova Lusitânia etc.
Se é verdade o que diz Horácio que Poetas e Pintores estão no mesmo predicamento; e estes pera pintarem perfeitamente uma Imagem, primeiro na lisa távoa fazem riscunho, pera depois irem pintando os membros dela extensamente, até realçarem as tintas, e ela ficar na fineza de sua perfeição; assim eu, querendo dibuxar com obstardo pinzel de meu engenho a viva
Imagem da vida e feitos memoráveis de vossa mercê, quis primeiro fazer este riscunho, pera depois, sendo-me concedido por vossa mercê, ir mui particularmente pintando os membros desta Imagem, se não me faltar a tinta do favor de vossa mercê, a quem peço, humildemente, receba minhas Rimas, por serem as primícias com que tento servi-lo. E porque entendo que as aceitará com aquela benevolência e brandura natural, que custuma, respeitando mais a pureza do ânimo que a vileza do presente, não me fica mais que desejar, se não ver a vida de vossa mercê augmentada e estado prosperado, como todos os seus súbditos desejamos.
Beija as mãos de vossa mercê: (Bento Teixeira)
Seu vassalo.
Dirigida a Jorge d’Albuquerque C”
Fonte: http://www.cursoobjetivo.br/vestibular/obras_literarias/Bento_Teixeira/prosopopeia.pdf Acessado em 14/10/13 às 10h52min
O prólogo da obra ocorre antes da narração, nas primeiras estrofes que no caso da Prosopopeia vai da estrofe número I à estrofe número VI, depois vem à narração que ocorre da estrofe número VII à estrofe número XVI,