Propulsão
As câmaras de combustão têm a difícil missão de queimar a mistura de uma grande quantidade de combustível com uma grande quantidade de ar, no pequeno volume disponível, de maneira estável e eficiente, com pequena perda de pressão e sem a emissão de poluentes que possam agredir o meio ambiente.
Além disso, para atender as necessidades da turbina, o escoamento de saída deve ser uniforme, tanto radial como circunferencialmente, na temperatura, pressão e velocidade.
Outro fator complicador é que as condições de entrada e saída da câmara variam, de acordo com o regime do motor, desde condições extremas tais como marcha lenta em altitude e plena carga no solo e funcionar adequadamente durante a partida do motor.
A temperatura de saída das câmaras varia desde 850 até 1700 ºC, dependendo do material com que são feitas as turbinas. O ar é entregue a câmara, pelo compressor, em temperatura que varia entre 200 e 550 ºC. Resulta então que o aumento de temperatura numa câmara de combustão pode variar de 650 a 1150°C.
► O Processo de Combustão:
O ar fornecido pelo compressor tem velocidade de até 150 m/s, que é muito alta para a combustão. A primeira etapa que a câmara de combustão faz é a difusão do escoamento de ar, diminuindo a velocidade para aproximadamente 25 m/s. Como a velocidade de queima dos combustíveis derivados do petróleo é da ordem de 10 m/s, é necessário criar uma região de baixa velocidade para que a chama permaneça estável nesta região. Além disso a razão ar/combustível de uma câmara pode variar entre 45:1 e 130:1; por outro lado o combustível queima eficientemente na razão ar/combustível estequiométrica que é de 15:1; essas condições são obtidas pela criação de uma região dentro da câmara de combustão, chamada zona primária, onde a combustão realmente acontece e a chama fica estabilizada. A temperatura nessa zona chega a 2200
ºC,
ou seja, a temperatura de chama do
combustível.