PROPRIEDADES DAS NATUREZA
clique para visualizar
A vegetação em São Tomé e Príncipe é composta por florestas húmidas que cobrem quase uniformemente 90% do território das ilhas e compreendem três categorias: a floresta atlântica de alta altitude "Obo", que se situa dentro dos limites do parques nacionais, áreas de floresta secundária ou "capoeira", composta por plantações abandonadas que foram revertidas para a vegetação nativa, cobrem 31% da ilha, e as florestas de sombra que fornecem sombra para as culturas agrícolas.
Desde finais do século XIX, as ilha de São Tomé e Príncipe têm chamado a atenção de investigadores como Júlio Henriques (1838-1928) e Arthur Exell (1901-1993), respectivamente, professor da Universidade de Coimbra e investigador do Museu Britânico. Júlio Henriques (1838-1928) escreveu a primeira monografia sobre a flora de São Tomé e Príncipe. As suas principais publicações foram Flora de S. Thomé (1886) e Catalogo da Flora da Ilha de S. Tomé (1892) e, finalmente, A Ilha de S.thomé sob o ponto de vista histórico-natural e agrícola (1917).
Os estudos mais aprofundado sobre a vegetação santomenses foram realizadas em 1932 e 1933 por Artur Exell na sua primeira incursão em África, publicados no seu catálogo das plantas vasculares de S. Tomé (1944).
F. Welwitshi em 1853, C. Barter em 1858 e G. Mann em 1861, também recolheram amostras que levaram a descoberta de espécies desconhecidas. Auguste Chevalier visitou São Tomé em 1905 e em 1956 Théodore Monod escalou os picos de São Tomé e Príncipe e discobriu espécies raras e endêmicas. Joaquim Espírito Santo descobriu novas espécies em 1960 e 1970, e Herder Lains e Silva empreendeu novas pesquisas para a classificação da flora de São Tomé e Príncipe.
Estas expedições científicas demonstraram que, das quatro ilhas do Golfo da Guiné, Bioko, Príncipe, São Tomé e Pagalu, o arquipélago santomense apresenta a mais rica diversidade de flora, com elevadas taxas de endemismo. Na