Proposta Geografica
É de conhecimento geral que o termo logística tem sua origem nas operações militares, designando, nesse sentido, as estratégias de armazenamento e transporte para o abastecimento de tropas (alimentos, água, material médico, munição, diversos tipos de equipamentos), no momento e no lugar certos, pressupondo o planejamento e a coordenação das ações.
A convergência entre as características da logística em seu sentido original e os pressupostos do atual paradigma produtivo fez com que o termo fosse adotado em seu sentido prático (pelas grandes empresas) e teórico (pelas escolas de administração) como designativo da racionalidade de fluxos materiais que envolvem as cadeias produtivas desde a segunda metade do século XX.
A partir dos anos 1970, a reestruturação dos processos produtivo e comercial (nova lógica de localização das atividades econômicas, desintegração vertical das grandes empresas, terceirização de funções industriais e de serviços, just in time / just in place) criou as condições e a demanda para a implementação de estratégias de racionalização de fluxos materiais que cresciam exponencialmente em todas as escalas geográficas, entronizando a logística (empresarial) como expressão dessas estratégias.
A prática do gerenciamento das cadeias de suprimento (supply chain management - SCM) foi prontamente associada aos chamados "fluxos logísticos" (materiais, financeiros e informacionais), como síntese de estratégias e operações necessárias para a plena integração das cadeias produtivas. A figura 1 procura representar essa integração.
A racionalização dos fluxos de insumos, matérias-primas e produtos intermediários (cadeia ou logística de suprimentos), bem como dos produtos para o consumo final (cadeia ou logística de distribuição) passou a exigir estratégias que alcançam a escala dos mercados internacionais. Essas estratégias econômico-territoriais (produto certo, na quantidade, hora e lugar