Promoção a saúde
O homem sempre se preocupou com sua saúde, seu bem estar e suas doenças. Desde que os primeiros seres humanos desenvolveram a agricultura, construíram abrigos, artefatos de caça e pesca, domesticaram animais, o fizeram para melhorar seu conforto e com isso, mesmo sem o perceber, promoviam sua saúde. No Antigo Testamento, no Livro do Deuteronômio (XXIII, 13), aparecem conselhos de higiene dirigidos aos soldados judeus, como a necessidade de enterrar as fezes para evitar doenças. No Êxodo (XXXV, 2) há recomendações para um dia semanal de repouso. Na mitologia grega as deusas Hygea e Panacea, filhas de Esculápio, respectivamente deusas da higiene e da cura, representavam as duas principais funções da medicina, prevenir e curar. Há inúmeros outros exemplos de ações de promoção da saúde na antiguidade, como o saneamento básico dos romanos (aquedutos, séc. XIII). Hipócrates, representante máximo da medicina grega, aconselhava uma vida saudável, sem os excessos da comida e da bebida e o cuidado com as intempéries, o vento, a qualidade das águas, o perigo dos pântanos. No conceito de Promoção da Saúde há um aspecto positivo de aprimorar a saúde humana, agindo sobre os determinantes da saúde. A recomendação de uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos regulares seria um exemplo. Já com o conceito de Prevenção de Doenças ocorre o inverso: neste caso procura-se evitar o mal, agindo sobre as causas das doenças, com o uso de medidas específicas contra a doença que se quer evitar. Para evitar o sarampo recorre-se a uma vacina específica contra essa doença. O resultado a ser alcançado é o mesmo nas duas situações: melhorar a saúde e evitar o sofrimento. Henry Sigerist, médico alemão que atendia trabalhadores de minas de carvão na Silésia, no início do século XX, definiu quatro funções da Medicina: Promoção da Saúde, Prevenção de Doenças, Restauração do Enfermo e