Prometeu_Análise

880 palavras 4 páginas
ANÁLISE SOBRE “PROMETEU ACORRENTADO”, DE ÉSQUILO.

O AUTOR
Ésquilo nasceu em Elêusis, perto de Atenas, e morreu em Gela, na Sicília. Viveu, aproximadamente, entre os anos 525 a.C. e 456 a.C. Escreveu mais de 90 tragédias, das quais apenas 7 chegaram completas aos nossos dias. Segundo Aristóteles, Ésquilo foi o criador da tragédia grega. Graças à introdução de um segundo ator, ele tornou possível o diálogo e a ação dramática. A própria sequência de suas peças evidencia um rápido progresso na técnica dramática.
Tratou frequentemente, de temas sobre-humanos e terrificantes, geralmente da mitologia - utilizava uma linguagem sonora, com metáforas ousadas. As passagens líricas de suas peças, que desempenham um papel importante em sua obra, são o que de melhor se produziu na dramaturgia da Antiguidade greco-romana. A filosofia religiosa de Ésquilo oscila entre o terror cósmico e a consciência ética - e dessa ambigüidade nasce a sua força lírica.
Entre as idéias fundamentais das tragédias de Ésquilo estão a da fatalidade, agindo através da vontade divina e da paixão humana; as taras hereditárias desencadeadas pelo pecado e as maldições que as acompanham; o ciúme dos deuses, provocado pela glória humana excessiva; a intervenção dos deuses em favor dos que lhes são devotados; e a inferioridade da força ante o espírito.
Ésquilo reinterpretou os mitos gregos para sancionar a nova ordem social que surgia - a ordem da pólis, a cidade-estado grega, ou seja, a cidade enquanto expressão de uma cultura elaborada. Através de seus personagens, ele trata dos destinos coletivos, mas valoriza o indivíduo.
O autor transformou seu personagem Prometeu - uma das mais poderosas figuras das lendas gregas - no símbolo da condição humana. Prometeu aspira ao conhecimento e à liberdade. A tragédia Prometeu acorrentado é, entre as peças de Ésquilo, a mais difícil quanto à interpretação, porque não se sabe se o dramaturgo quis exaltar ou denunciar a onipotência de Zeus.
AS PERSONAGENS

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