PROLETARIADO
A grande compradora da mão-de-obra do proletário é a classe capitalista proprietária dos meios de produção, e jamais haveria conciliação entre as duas classes, o que gerou a luta entre classes e o sonho da construção de um mundo sem classes num estado comunista.
Enfim, pode-se dizer que o proletário diferencia do simples trabalhador, pois este último pode vender os produtos de seu trabalho, enquanto o proletário só vende sua capacidade de trabalhar (suas aptidões e habilidades humanas), e, com isso, os produtos de seu trabalho e o seu próprio trabalho não lhe pertencem, mas àqueles que compram sua força de trabalho e lhe pagam um salário.
Economistas liberais não acreditam em exploração e sustentam que a existência do proletariado é um sofismo. Para eles todos os indivíduos são iguais perante o mercado, e o mercado retorna à cada pessoa o exato valor que essa pessoa introduziu nele; os capitalistas seriam apenas pessoas que são fortes adeptas da poupança e cujas contribuições ao mercado são de qualidade superior às contribuições do restante da população, que, com isso, ganha menos do que eles. Portanto, eles negam que haja um conflito intrínseco ao capitalismo e inseparável dele, como por exemplo, negam a existência do proletariado e as motivações de suas lutas, que eles interpretam moralisticamente como motivadas meramente por inveja dos menos capazes com relação aos mais capazes.