Projetos no brasil
O Projeto Grande Carajás foi um mega empreendimento econômico, político e social que teve início oficial em princípio da década de 1980, ainda que se tenha conhecimento de pretensões e de ações econômicas na região desde décadas anteriores, quando alguns diagnósticos apontavam a existência de metais na área. Esse empreendimento mineralógico foi executado, em sua maior parte, pelo governo brasileiro, mesmo assim, sua concepção e benefícios são compartilhados equitativamente com empresas estrangeiras.
Na primeira metade da década de 1950 o Programa de Emergência da SPVEA afirmava a existência de minerais na Amazônia. Desde então essa região foi percebida como uma fonte de riqueza potencial, até que no final dos anos 1970 divulgou-se publicamente o conhecimento de jazidas minerais na Serra dos Carajás. Organizou-se um aparato em favor de operacionalizar os recursos minerais, com a mais expressiva iniciativa governamental já realizada na Amazônia. Por meio da realização dessas ações foi possível mapear, controlar e explorar praticamente todo o território.
Para o funcionamento do projeto em sua estrutura de modo geral, o governo federal disponibilizou de elevado volume de dinheiro, oriundo de empréstimos em instituições financeiras nacionais e estrangeiras. Inicialmente esse investimento seria direcionado à construção de uma infra-estrutura básica: rodovias e ferrovia; também a reforma de portos e aeroportos, dentre outros empreendimentos menores.
De maneira geral o objetivo foi a extração do minério, que seria transportado até o litoral e de lá embarcar para outras partes do mundo. Outra parte do projeto consistia em trabalhar o ferro gusa em empresas no próprio país, por isso foi necessária a construção de uma hidrelétrica em Tucuruí, no Pará, com o objetivo especial de fornecer energia elétrica a essas siderúrgicas nacionais.
Em termos político-sociais o governo ampliou consideravelmente o controle sobre as terras e o território amazônico