É inegável que para um Projeto Político Pedagógico (PPP) ser realmente democrático e ativo dentro de uma instituição é imprescindível o envolvimento de todos os atores da comunidade escolar no processo de construção, e esse processo não pode se limitar a um dia de encontro ou a questionários respondidos pelos pais, não que isso não faça parte desse processo. Sendo assim, romper com o paradigma de que a escola é responsabilidade apenas dos profissionais que nela atua e que os pais devem vir no máximo em reuniões bimestrais para receber boletim dos seus filhos, é o primeiro passo. Para isso a escola deve encontrar soluções criativas de atrair a comunidade para dentro da escola, para assim buscar maneiras de conscientizá-la e propagar a ideia de que eles podem e devem ajudar de alguma maneira no processo de democratização da escola, participando das tomadas de decisões, e também da construção do PPP. Não digo que isso é um processo fácil, muito menos rápido, mas se os resultados não estão satisfatórios, alguma ruptura tem que ser feita objetivando desempenhos melhores. Talvez permanecer no comodismo e disfarçar a realidade seja mais simples do que enfrentar os problemas e acreditar na luz no fim do túnel. Porém, é preciso não desanimar com os problemas que surgem nos momentos de mudanças, e fazer acontecer o que parece impossível. Para se obter resultados diferentes, não se pode continuar fazendo a mesma coisa. E como disse Veiga (1998), “todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se”. Veiga (1998, p.01). Após conscientizar os pais, e isso é papel da escola, deve-se iniciar a construção do PPP, diagnosticando os problemas, levantando dados, definindo prioridades, etc. Aliado a esse movimento, pode-se também elaborar o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE), pois daí poderá surgir muito dos recursos necessários para a concretização necessária de vários projetos